terça-feira, 10 de julho de 2012

Empresas sem chefes?

Lendo o artigo do Valor Econômico, "é possível uma empresa sobreviver sem chefe", baseado numa reportagem do The Wall Street Journal, http://www.valor.com.br/carreira/2725866/e-possivel-uma-empresa-sobreviver-sem-chefe?goback=%2Egde_2021065_member_128286605 fiquei contemplando a idéia e pensando quão viável ela é para a maioria das indústrias.

Cada vez mais equipes assumem por elas mesmas algumas funções gerenciais. Eu mesma já estive em posição de gerenciar projetos com pessoas em níveis hierárquicos superior ao meu e pude exercitar competencias relevantes, como trabalho em conjunto, gestão de incentivos e diplomacia corporativa. Mas no final do dia, sempre prestava contas para um chefe. Por isso pergunto, será possível que uma empresa funcione coletivamente e assuma o papel de um bom chefe?

Como lidar com a questão cultural e adaptação individual em uma realidade em que a autonomia e ao mesmo tempo a co-relação é realidade? Em que voce não pode escalar um tema, porque não há níveis acima?

Será possível que as próprias equipes determinem que projetos são prioritários em uma empresa e que todos sejam livres para se juntar ao que escolherem?

Em um mundo em que a gestão por projetos e não por departamentos ainda não é realidade na maioria das empresas, a empresa sem chefe me parece uma solução para poucos.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Admirável mundo novo?


Certamente o momento das redes sociais advém das transformações da segunda metade do século XX que impactaram a forma como nos relacionamos e consumimos.

As redes sociais são canais de expressão de opinião, desejos, anseios. Elas conduzem conteúdos que são traduzidos a partir do contexto de cada leitor. Individual, intransferível e de difícil entendimento. Propagam-se de acordo com afinidades de interesses e gostos, nem sempre fáceis de prever. Transformam nossa relação com os outros e até com as marcas. Aceleram nosso ritmo, facilitam a vida, causam dependência.

Há muito mitos em relação as redes sociais e suas ferramentas. Inicialmente imagina-se que o engajamento e o relacionamento online seria mais fácil, barato e transparente. Mas não é a regra do dia. Os algoritmos utilizados em buscas nem sempre estão disponíveis, as search engines são tendenciosas e a publicidade online é um leilão de quem paga mais.

As antigas formas de ser um bom marqueteiro são reinventadas, mas a base não se foge do planejamento, da criação, das métricas e também dos altos fees das agencias. 

Concordam, discordam?